quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que é a filosofia?



Comecei a ler um livro, quando acabei, li o livro que a aquele inspirou, quando vi estava lendo montes de livros, e não conseguia encontrar: qual era o livro de onde todos aqueles tinham vindo?

Me alertaram ser um livro de filosofia. Então descobri, pois, como os filósofos se comunicam. 

A filosofia é algo que vai acontecer. 


Quando todas estas linhas de livros puderem ser costuradas, em um grande e único novelo, o testamento da razão humana. Todos os discursos tornaríam-se um único raciocínio, neste futuro o discurso foi, no passado, uma obra demorada, cristalizada podemos acessar como aos museus. 


Então no futuro teremos a grande enciclopédia, a filosofia, algo como uma Odisséia, uma Biblia, não sei como vão encarar isto. Isso vivendo um mundo sem discurso.

A filosofia é esta totalidade de constelações de livros de filosofia. A borda deste infinito se inscreve nas citações, nas construções derivadas, inspiradas por, mas nunca no pensamento não escrito. 


Um passo além disso, não estamos mais na filosofia. Difícil isto, né!

A filosofia pode falar de sujeito, e contudo não possui corpo, pode nos falar do suprasensível e contudo é uma peça de biblioteca, nos é natural porém demora, é crítica porém conjuga interesses. 


Tentar se manter na borda da filosofia.

Nós temos que tentar ler os livros de filosofia, arduamente, para não escaparmos desta borda da filosofia, o estranho vidro a nos dividir... 



A metafilosofia é música de um brinquedo de Logos ou neve.


terça-feira, 17 de maio de 2011

Um lindo dia Solipsista



Quando um homem solipsista caminha no mundo, caminha por um lindo dia, sôfrego, das teorias. No dia há um porão de teoria, em mente,  .sua paisagem teórica.

Explica que toda paisagem é teoria.

É de um porão; o sol ao centro, a natureza una, um amor que perpassa, palavras em praça. 

Isto é um pequeno conto de um passeio de poucos passos.

Mas ele diz andar, a cada passo, sob o chão de seu próprio crânio, e respirar o ar de seu próprio hálito, e tropeçar sobre o embaraço dos próprios cabelos.

Que mal há em não se perguntar por tudo que se prende ao sapato, a cada passo?

Não é sábio, não é rico. Caminha e decide coisas contra sua vontade em um mundo em que há teorias, sobre tudo e sobre isto também. Não há sequer outra pessoa no mundo que lhe assemelhe, como não há um só dia em que o rio mantenha as mesmas águas.

Pode agora chegar em casa, e olhar para o caminho do passeio, a paisagem, dentro de sua cabeça.

A paisagem do inconsciente, a teoria do esconde-esconde, tudo o que se encontra no mundo, porque, na vida, para o solipsista, o solipsista é quem é a consciência. Lá fora, tudo aqui. Se o solipsista aje como seu próprio inimigo, enxerga também seu inimigo no mundo, com cabelo, crânio e hálito. Se deseja, tem todas as tentações criando paisagem, criando teoria. 

Só então entrevemos o seu porão.

O solipsista não sabe mais do que o não-solipsista, não sabe mais de sí, não conhece do mundo. Apenas possui uma certeza extra, a de que caminha sempre por um interior, íntimo, desapropriado, publicitado, mas um segredo. Desejoso de ter tudo ao alcance da mão.


Este foi um lindo passeio.



Nota:

Um logos perpassa a tudo, e a todos. Um daimon existe em mim. Idéias compõe as coisas. Um motor imóvel mantém todas as coisas substantivas. A natureza são conceitos pertencentes a mim. O conceito visiona o absoluto. A realidade é o que é intencionado. A realidade é uma teoria sem referente. 

domingo, 15 de maio de 2011

'Manifesto contra a inteligência'



O espírito, o ospírito artístico, o nosso tempo, empurram-nos ao seguinte e preciso lugar:

"Como manifestar contra a inteligência sem manifestar a estupidez?"

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O veículo disponível é o cômico, e sua radicalização a produção do riso total.

Fixemos nesse momento, dado os episódios de humor que nos abriram a um tipo de rufar dos tambores da liberdade, afinal alguma comporta se abriu...

Tipos excêntricos sempre figuram pelo mundo, e numa série de personagens, os Keaton, Chaplin, Lewis, Marx, Sellers, se reproduzem em Carrey, Sterblitch, Bean, Bruce, Monty Phyton.


Mas então nos lembramos que comediantes não podem rir:




Estar atento aos veículos do tempo, depois que uma comporta dessas nos é aberta e temos a oportunidade de descobrir o que somos afinal. Mas os veículos são dissipados antes de serem esgotados, o riso não é total.

Essa é uma ideia contra a inteligência de Danto ou de Hegel, por mais que seja verdade que a única coisa que se abriu nos últimos anos foi um riso, e estamos sendo despatriados por ele. O espírito do humor nunca fez parte da história, então temos que contar esta história:




Se quisermos encontrar os meios, o que procuramos não está na inteligência destes dois homens. Mas onde estão os meios e o que é este espírito sem história? Você está pensando errado, este é o meio, este é o espírito:


Quer entender cacoSonicos?

Escolha um mês. Cada mês é um tema, escrito indelevelmente como palavra-chave abaixo de cada texto. 


Cada mês tem um tema, e cada tema tem três textos, portanto cada mês possui três textos sobre um tema.

Comente se achar necessário.


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Se cair e quebrar,


Faça isto com o som
os cacos dos cacos,
dos sons.